quarta-feira, 6 de junho de 2012

Como fica a vida depois do sim?

                                                                                                                                                                Casamentos felizes não são contos de fadas, histórias reais mostram que a alegria reina nos lares dos casais. Ele, de pé no altar com as mãos ligeiramente suadas e inquietas nem percebeu os 24 arranjos de rosas lilás com lisiantus, dispostos ao longo da igreja que a essa altura mantém as portas fechadas, pois falta pouco para a estrela da noite adentrar e resplandecer o ambiente. Os padrinhos vez ou outra dirigem um sorriso reconfortante para o noivo e a música instrumental suave compõe o cenário perfeito. É o dia mais importante para o jovem casal. A noiva chega impecável com a maquiagem e penteado que testou tantas vezes, e o vestido que ela sonhou e desejou usar a vida inteira. Quando criança até desenhou, mas este era real e ainda mais lindo. Seu pai a aguardava na calçada da igreja e seus olhos brilhavam de tanto orgulho em ver sua menininha realizando o grande sonho da sua vida. Num misto de nervosismo e ansiedade mal esperou o carro parar para abrir a porta do carro e tomar a filha pela mão. Os dois sorriram e a cerimonial ajeitou a calda do vestido para que tudo ficasse perfeito. Buque na mão, braço entrelaçado ao do pai, e o último suspiro foi dado por ela, como se buscasse coragem para encarar todos amigos, parentes e principalmente seu amor, que a aguardavam do outro lado da porta. Com uma confirmação gestual com a cabeça as portas se abriram e harmoniosamente a marcha nupcial tocou lindamente como ela sempre imaginou. O caminho era longo, os passos lentos, as pessoas sorriam, choravam, fotografavam, comentavam, mas ela não percebia. Mantinha os olhos fitos no seu amado e um sorriso suave estampava sua face. Uma parada para a foto oficial e finalmente seu pai a entregava ao que em menos de meia hora será seu esposo. Agregar, reunir, associar, matrimoniar, enlaçar ou simplesmente casar é o sonho de muita gente. A vontade de encontrar a alma gêmea, alguém que zele por sua imagem, que esteja ao seu lado compartilhando os momentos bons e ruins, para chorar e sorrir, que lhe dê carinho e atenção, que ouça suas queixas e o aconselhe, ou simplesmente só ouça e não fale nada está no mais íntimo do ser humano. Homens e mulheres necessitam de amor e muitos acreditam que o casamento é a melhor forma de viver esse sonho. Segundo uma pesquisa da revista Cláudia noivas, em parceria com a área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril, entre os meses de maio e junho de 2011, detectou que as mulheres brasileiras vivem um momento de resgate de tradições: quase 1 milhão de casamentos são realizados no país por ano, um índice 35% maior que há 10 anos. 71% das entrevistadas pretendem casar no civil e religioso. Apenas 27% afirmaram querer casar somente no civil. O planejamento do casamento é uma etapa importante para as mulheres: 37% gastam mais de um ano planejando a cerimônia. O brasileiro está casando mais e se separando mais também. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a cada casamento civil realizado no Brasil, um acaba em divórcio. Para os técnicos que coordenaram a pesquisa, o aumento do número de divórcios pode ser explicado por dois fatores principais: mudança de comportamento na sociedade brasileira e a criação da Lei 11.441, que desburocratizou os procedimentos de separações e de divórcios consensuais, permitindo aos cônjuges dissolver o casamento, por meio de escritura pública. “Sabemos que a relação humana é complicada, pois cada um tem sua personalidade, educação, modo de ver a vida. Quando nos unimos com outra pessoa precisamos ter o discernimento de respeitar isto. Por mais que se amem, um não é igual ao outro, não pensa da mesma maneira”, disse a psicóloga Cláudia Helena Justino, ainda segundo ela, esse é um pensamento básico que precisa ser entendido antes de se pensar em casar. E ponderou: “As relações precisam ser permeadas de respeito, carinho, cumplicidade, bom senso, dedicação e confiança. Não havendo estes componentes, a possibilidade de naufragar é grande. As pessoas normalmente imaginam apenas um mar de rosas, muitas vezes esquecem que dificuldades e imprevistos também vão ocorrer e aí a situação foge do controle e as pessoas se desesperam, chegando muitas vezes a separação.” Foi o que aconteceu com a professora Daiane Meira, 24 anos, recém separada de um casamento que durou apenas 9 meses. Daiane disse que para ela, as primeiras semanas após a cerimônia religiosa foi interessante, o casal aprendeu coisas que só com a convivência seria possível adquirir, a maioria boas, eles riam dos defeitos do outro, achavam "engraçadinho", mas com o tempo as coisas mudaram. Ela viveu uma dependência na qual sempre procurava agradar o marido, mas acabou esquecendo-se de si mesma, acredita ter dado seu melhor para manter a casa organizada, uma comida bem feita, roupa bem lavada e passada, mas quando as contas chegaram, começaram os problemas e desentendimentos. Ela se questionava por quê havia divisão nas contas e não havia divisão no trabalho doméstico? Já que assim como ele, ela também trabalhava o dia todo fora de casa. Mas o pior hábito do ex-marido era a fixação pelo futebol. Não podiam sair para jantar ou passear se fosse em horário de jogo, nem ir à missa às quartas e domingos pois são os dias que tem jogo na TV. Quando saíam para almoçar fora aos domingos, tinham que voltar correndo para casa pois o jogo estava para começar. Isso para ela era uma tortura. “O demônio criou o maldito futebol, não tenho nada contra, sou até corintiana, mas quando você pede algo para o parceiro fazer ou sair de casa para arejar um pouco, se for no dia de jogo esquece”, completou a professora. E analisa porque seu casamento não deu certo: “Eu me baseei um pouco na relação dos meus pais, e assim esperava o mesmo dele, eu sonhava com um casamento do tipo companheiro, que sonha junto e realiza junto, mas como a vida não é como a gente quer e minha criação foi muito diferente da dele. Casei com um homem que dependia em tudo do pai, e assim me tornei a empregada doméstica, a trabalhadora que ajudava nas contas, fazia o papel de marido pra fazer pequenos consertos na casa, e servia a noite como fonte de prazer. Penso que um casamento é diferente de outro casamento, quem faz as coisas dar certo é nós mesmos, eu desisti do meu, mas desisti depois de ter usado todas as armas.” Para este caso, a psicóloga alerta que o importante é estarem convictos de que a escolha de se casar não é um pesadelo e sim uma escolha feita por ambos e de comum acordo e que querem desfrutar do máximo de tempo juntos e serem felizes e que juntos buscam a satisfação de suas necessidades. Precisam respeitar as diferenças e ter sempre muitos diálogos. Às vezes o que naquele momento julgam ser impossível de adaptação, começa a ganhar uma nova forma. Para quem está chegando agora na vida a dois, um ar de magia e paixão paira sobre os pombinhos. Casada há 2 meses, a pós-graduada em Logística, Andrezza Guilhermino, vê em Deus a base do seu casamento. “A fé em Deus é importante para ambos, pois firmes em Deus aprendemos a amar e respeitar um o outro, Deus nos mostra o caminho correto, nos livra do mal. Os casais têm se separado porque não há mais amor pelo próximo, não há mais respeito e as tentações, traições, egoísmo tem ganhado espaço na casa das pessoas”, concluiu. A união é vista por muitos como um sonho, pois desde o inicio o encanto toma conta do casal e das pessoas que o cercam, uma ansiedade desde a primeira decisão como o que contratar, onde contratar, o que usar e quem convidar, vira expectativa na rotina dos noivos. Ambos deixam de ter sonhos individuais e passam a ter um único sonho, sonhos que fortalecem o pré-casamento. Jéssica Terosso, 21 anos não pensa em outra coisa, a não ser a cerimônia, diz que o quanto antes entrar em contato com buffet, salões, cabeleireiros, cerimonialistas e fotógrafos é melhor. “Já contratei um lindo salão, degustei alguns buffets e estou quase fechando com um deles, minhas expectativas estão à flor da pele, não penso em outra coisa, essa fase é muito gostosa.” diz a operadora de produção, que casa em novembro de 2013. O pós-casamento é a fase onde tudo verdadeiramente começa, onde as diferenças se encontram e causa um pequeno impacto na vida a dois. Tudo muda. Para as mulheres a tarefa difícil de cuidar da casa, roupa, estudos e delas mesmas, as tornam maduras o suficiente para entender que decisão tomaram e que já não são simples princesinhas cuidadas pela rainha sua mãe, e que as responsabilidades as perseguem. Para os homens uma diferença, “Neste momento eles percebem que realmente são um chefe de família e caem na real que ele será a principal pessoa a levar as contas e compromissos da casa, acredito que assusta um pouco, mas, nada que se conversando não entre nos eixos” diz a coordenadora financeira Ketleen Marques, 23 anos, casada há 9 meses. O casal adquire afinidade, carinho, compreensão, sabedoria e companheirismo. Dificuldades são as diferenças, por mais que se tenha namorado sempre há diferenças, seja no termo organização ou até mesmo nos pensamentos. Os casais se separam, pois se chocam com a rotina do dia-dia, o stress, a falta de carinho, compreensão e principalmente a falta de Deus em suas famílias. “Há muitos casais que passam por dificuldades e não tem a mínima noção de como será o casamento, após aquele momento em diante. Deus é a única certeza que temos em nossas vidas, sem ele nada se pode fazer e de fato, faz toda a diferença em um casamento. Deus é a essência” confirma a jovem. A vida conjugal de Ketleen não frustou suas expectativas, imaginava a vida de casada da mesma forma que possui, “Acordar ao lado da pessoa que se ama, dar um beijo de bom dia, abraçar e desejar que o dia dele seja maravilhoso.” E acrescenta: “Nunca imaginei limpar a casa e passar roupas aos sábados o dia inteiro, cadê o momento de fazermos a unha e cabelos?” brincou. Katleen se arrepende de uma coisa: “Mudaria apenas uma questão, estudaria antes de casar. A questão estudo e profissionalismo fazem toda a diferença, dentro desse tempo, estamos mais maduros e com certeza a vida flui com mais facilidade.” E finaliza dizendo “Indico o casamento a todos os meus amigos é ótimo estar com a pessoa amada, sentir o cheiro, o abraço e desfrutar da companhia. Ah! mesmo casados ainda há muita saudade, eu, por exemplo, morro de saudade as segundas-feiras, pois passamos o fim de semana juntinho e na segunda é o primeiro dia da semana que nos vemos só de noite, dá uma saudade”. Da mesma forma que algumas pessoas criam expectativas positivas, outras criam uma expectativa não tão positiva assim e acabam se surpreendendo, foi no caso da jornalista Renata Ribeiro, “Acho que eu tinha uma visão bastante clara do casamento, não tinha uma visão romântica de que tudo era bonito e florido, mas entre entender e viver isso tem uma grande distância. Vivo dias muito bons com meu “maridinho”. E também cada dificuldade é um progresso, um desenvolvimento pro meu caráter” diz. O príncipe que espera a princesa no altar também gosta de ser ouvido e expor a opinião quando se trata da vida a dois, os cônjuges se mostram felizes e realizados com o feito. “Na verdade eu nunca fui um sonhador com o casamento, mas depois que conheci a Daiane tive esse despertamento, até mesmo porque além de amá-la muito, nós morávamos muito distantes um do outro. Sempre me preocupei muito com o assunto "casamento", pois via no casamento dos meus pais um exemplo de casamento quase que incomparável, e de alguma forma queria que no meu caso fosse igual. Deus me deu a oportunidade de me casar com uma pessoa espetacular inclusive toda minha família concorda em gênero, número e grau e isso foi um fator determinante pra que eu não tivesse frustrações em relação aos sonhos para meu casamento” conclui Denis Faria, 25 anos, bombeiro militar e casado há 3 anos. Portanto, nota-se que a maioria dos relacionamentos conjugais, tanto o marido quanto a esposa buscam inspirações nos relacionamentos dos pais para se viver uma bela história de amor, e os que não têm essa inspiração se surpreendem após a união. “Eu não sonhava, eu pensava que o amor era algo que ia realmente vir depois da paixão, mas, o que realmente surpreendeu foi que o sonho começou depois que eu casei, pois o fato de eu ser duas pessoas, uma só carne, tem sido um grande sonho acho que eu era muito realista antes, sem sonhos, mas agora, a realidade tem se tornado tão boa quanto um sonho, eu meio que não sonhava para não ter decepção e agora sou totalmente realizado” diz Ângelo Bazzo, pastor e professor, casado há 2 anos. Na verdade pode-se dizer que a união de um casal não é brincadeira, não é fantasia nem uma mentirinha. È uma realidade que muitas pessoas se surpreendem ao vivê-la, e outras nem sabem o que estão fazendo ao realizá-la. Mas umas lições que as pessoas devem anotar a lição de que ninguém é feliz sozinho, e que doses de carinho, fé, companheirismo, fidelidade, amizade, e amor fazem toda a diferença numa relação conjugal. Deve-se ter a preocupação de fazer o outro feliz, pois se assim o fizer, automaticamente o outro a fará feliz. No mundo existem muitas ilusões, mas nada mais forte e mais bonito que o amor. Antes de dar este passo rumo ao casamento, o casal deve de estar preparado, para aproveitar tudo o que esta por vir coisas boas ou não. O casamento pode ser duradouro e feliz como acreditamos, para que tal fato ocorra se exige empenho e inovações que devem ser constantemente avaliados. O importante é estar convicto de que sua escolha de se casar não é um pesadelo e sim uma escolha feita por ambos e de comum acordo e que querem desfrutar do máximo de tempo juntos e serem felizes na alegria ou na dor e que juntos buscam a satisfação de suas necessidades. “O que sempre friso nos atendimentos é o espaço do diálogo, pois esta é a ferramenta que move o casal. Precisamos também acompanhar as mudanças para não vivermos de sonhos e ilusões. Lembrando que em uma relação, marido e mulher os dois tem direito de expor opiniões, mas isto não lhes dá o direito de serem cruéis. Não existe fórmula certa para uma união duradoura, mas posso inferir que quando iniciamos com respeito, amor, cumplicidade e admiração, dificilmente a fórmula tende a dar errada” finaliza a psicóloga. E como diz a letra de Raul Seixas - Um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade.

domingo, 8 de abril de 2012

Você faz a diferença?

Quando você esta no ventre de sua mãe, ela imagina, e cria boas expectativas sobre o feto, ou seja, você já fez algum tipo de diferença pelo simples fato de ser o espermatozoide mais esperto.
A maioria das pessoas reclama da opinião publica, mas acabam sendo influenciadas por acharem que não podem fazer a diferença.
Alias como fazer a diferença em uma sociedade democrática onde a opinião da maioria é o que se torna relevante?
Você já parou para pensar que a diferença quem faz é você? Quantas vezes as pessoas dizem, não adianta opinar, porque nada vai mudar? Pois é, não muda mesmo, pois a maioria da sociedade pensa assim. Você não precisa fazer a diferença somente na vida das pessoas, no seu trabalho, ou carreira, mas também no momento de uma importante decisão, como por exemplo, uma eleição. Contribuindo com os assuntos importantes que envolvam nosso país, automaticamente estaremos lutando por uma sociedade mais justa e digna, livre das pragas que assustam o nosso cotidiano, ou seja, o desemprego, a fome, violência e o descaso com a saúde pública.
Faça uma auto-análise e imagine você em seu próprio velório. O que as pessoas vão dizer de você? Será que vão sentir a sua falta? O que você deixará de bom para a nova geração? Você superou as expectativas de sua mãe? O que ela imaginava em seu ventre antes de você nascer aconteceu?Por isso pense, reflita e filtre suas decisões, fazendo o que ao seu ponto de vista é bom, decida por si e não pela maioria, tenha opinião própria. Assim sendo, você influenciará outras pessoas a fazerem a mesma coisa, e fará a diferença, agindo com o intuito de ajudar a sociedade prosperar.